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Renina


Renina Katz Pedreira, gravadora, desenhista, ilustradora e professora, nasceu no Rio de Janeiro em 1925. Cursou a Escola Nacional de Belas Artes (ENBA), no Rio de Janeiro, e licenciou-se em desenho pela Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil.

Foi discípula dos mestres gravadores Axl Leskoschek, que a iniciou na arte da xilogravura em 1946, e de Carlos Oswald. Encorajada por Poty, estudou gravura em metal no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro, antes de se mudar para São Paulo em 1951. Por dez anos lecionou no recém-criado Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) e na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), período em que publicou o primeiro álbum de gravuras, Favela (1956). Passa a integrar o corpo docente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), onde defendeu teses de mestrado e doutorado e permaneceu por 28 anos.

Sua obra evolui da pintura de retratos e da paisagem carioca, no início de carreira, para uma obra marcada por preocupações sociais e o engajamento político, nos anos 1950. Suas gravuras, com forte caráter realista e apelo dramático contundente da oposição do preto e branco, revelam o universo dos trabalhadores urbanos e dos marginalizados, com grande requinte técnico e fineza gráfica.

A partir da metade da década de 1950, sua obra adquire um caráter não figurativo, e ela passa a enfatizar a transparência, abrindo caminho para uma obra em que a cor estrutura o caminho para um paisagem abstrata, segundo Lygia Eluf.

Na década de 1970 inicia a produção em litografia e suas obras sugerem paisagens concebidas como lugares da memória. Na série Lugares (1981), inspira-se no poema Paisagem: Como se Faz, de Carlos Drumond de Andrade. "A cor surgiu como uma necessidade da evolução do trabalho, e a multiplicação das matrizes trouxe a possiblidade de explorar os vários valores tonais", ela afirma.



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