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Ciclo ILP-FAPESP apresenta avanços científicos sobre autismo
Pesquisadores de universidades paulistas apresentarão na próxima segunda-feira, 27, durante o Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação, avanços obtidos em estudos genéticos e comportamentais sobre o transtorno do espectro autista (TEA). A Organização Mundial da Saúde estima que 1 em cada 160 crianças no mundo seja portadora de algum grau de TEA.
O encontro virtual, que acontece das 15h às 17h, será transmitido pelo canal da Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP) no YouTube. Ele integra o Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação, parceria entre o Instituto do Legislativo Paulista (ILP) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), que tem por objetivo divulgar à sociedade em geral e aos legisladores e gestores públicos os avanços das pesquisas científicas financiadas com recursos públicos. As inscrições devem ser feitas pela página do evento https://www.al.sp.gov.br/ilp/cursos-eventos/detalheAtividade.jsp?id=7685.
Maria Rita Passos Bueno professora e pesquisadora do Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco do Instituto de Biociências da USP, apresentará os principais fatores genéticos de risco para autismo, as diferentes abordagens utilizadas para responder a essas questões e o impacto desses achados para o diagnóstico precoce do TEA.
A professora e pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo e da Plataforma Científica Pasteur-USP, Patricia Cristina Baleeiro Beltrão Braga, mostrará os avanços do “Projeto A Fada do Dente". Desenvolvido na USP por meio de uma ONG, ele busca entender os mecanismos biológicos do autismo e ajudar na busca por novos tratamentos. A pesquisa utiliza células da polpa do dente de leite de crianças com autismo. “Existem menos conexões entre os neurônios dos autistas e há uma inflamação no cérebro, que pode ser controlada in vitro com uma medicação, produzindo melhora no funcionamento dos neurônios”, diz a pesquisadora.
“Mais de 50% das crianças com TEA têm questões atencionais que costumam prejudicar seu aprendizado”, diz Cristina Silvestre de Paula, professora da pós-graduação em Distúrbios do Desenvolvimento da Universidade Mackenzie e pesquisadora do Departamento de Psiquiatria da Unifesp. “Nosso estudo comprova a eficácia do programa computadorizado de treinamento de atenção (CPAT) na melhora do desempenho acadêmico em leitura, escrita e matemática entre crianças com TEA que receberam de 13 a 16 sessões do programa”, diz. “As crianças que participaram do CPAT também apresentaram melhoras nos domínios de atenção e cognição em comparação aos colegas do grupo controle”.
A pesquisa de Rinaldo Voltolini, professor e pesquisador da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, tem como foco a formação de professores e a inclusão. Para ele, a educação inclusiva fez surgir tanto uma nova realidade institucional quanto uma nova perspectiva de trabalho escolar. “Com a criança autista e sua particular forma de sociabilidade e aprendizagem, o desafio é o de criar e agenciar dispositivos escolares de modo que sua escolarização se dê de modo efetivo”, disse.
O evento será apresentado por Karina do Carmo, diretora-presidente do ILP, e mediado por Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente da FAPESP. O deputado Roberto Morais (Cidadania) fará saudação em nome da Assembleia Legislativa de São Paulo.
Evento: Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação – A Ciência e o Autismo
Data: 27/9
Transmissão: https://www.youtube.com/user/assembleiaspconteudo
Horário: 15h às 17h
Inscrições: https://www.al.sp.gov.br/ilp/cursos-eventos/detalheAtividade.jsp?id=7685
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