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Aché busca ampliar parceria de pesquisa com universidades de São Paulo
Aumentar a colaboração em pesquisa com as universidades públicas do Estado de São Paulo foi o principal aspecto tratado pelos diretores do Aché Laboratórios Farmacêuticos durante visita à FAPESP na quarta-feira (16/12).
De acordo com os diretores, a visita teve por objetivo incrementar a parceria em pesquisa entre universidades e a indústria de fármaco. Fundado em 1966, o Aché é um laboratório brasileiro que desenvolve e comercializa medicamentos para prevenção e tratamento de diferentes sintomas e doenças.
A apresentação institucional do Aché foi feita por Mario Bochembuzio, diretor médico do laboratório, que falou sobre as diferentes plataformas mantidas pela empresa para pesquisa e desenvolvimento de fármacos.
Com três fábricas no país, o laboratório conta atualmente com um portfolio com 303 produtos, além de outros 176 em desenvolvimento, 65 dos quais em processo de autorização junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Bochembuzio esteve acompanhado por outros diretores do laboratório: Miller Freitas, do Núcleo de Desenvolvimento Analítico e Farmacotécnico; Edson Bernes, do Núcleo de Inovação Experimental; Cristiano Guimarães, do Núcleo de Inovação Radical; e Stephani Saverio, do Núcleo de Novos Negócios, Parcerias e Internacionalização.
Foram recebidos por José Goldemberg, presidente da FAPESP, Eduardo Moacyr Krieger, vice-presidente, José Arana Varela, diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo, e Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fundação.
Para Goldemberg, a visita foi uma oportunidade para discutir um acordo com um laboratório brasileiro que tem um amplo histórico de pesquisas. “A FAPESP tem acordos com laboratórios internacionais, e seria muito importante que um laboratório nacional que realiza pesquisas com vistas ao mercado também realizasse estudos conjuntos com os laboratórios das universidades”, disse.
De acordo com Bernes, a empresa mantém um planejamento em pesquisas até 2030, que inclui possíveis parcerias com universidades públicas, com vistas à internacionalização e novos negócios.
“Temos uma área para a inovação incremental, com mapeamento de tecnologias, validação de processos, avaliação de moléculas e 25 plataformas tecnológicas”, disse. Segundo ele, em 2015 desenvolvidos sete novos produtos, e outros oito estão previstos para serem desenvolvidos em 2016.
A inovação, segundo Guimarães, é um dos pilares da empresa, que já desenvolveu um de seus principais produtos em parceria com a academia. Segundo ele, a empresa deve apostar também na pesquisa e desenvolvimento de fitoterápicos.
“Temos um laboratório de design e síntese molecular, e trabalhamos também com o conceito de Open Innovation, numa parceria com o Structural Genomics Consortium (SGC), consórcio internacional que busca acelerar o avanço da ciência básica necessária para o desenvolvimento de novos fármacos em um ambiente de acesso aberto ao conhecimento”, afirmou.
Brito Cruz fez uma apresentação das linhas de fomento da FAPESP, destacando o papel da parceria na produção científica em farmacologia. Ele também traçou um perfil do apoio à produção científica sobre fitoterápicos na Fundação, chegando a aproximadamente 250 bolsas e 140 auxílios à pesquisa sobre o tema, concluídos ou em andamento.
“Em São Paulo, 59% das fontes de dispêndio em pesquisa e desenvolvimento vêm da indústria. A FAPESP tem um programa crescente de pesquisas em colaboração com empresas, e nesse cenário o setor farmacêutico tem destaque”, disse.