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Ciclo ILP-FAPESP discute depressão e saúde mental na pandemia

A depressão – e outros distúrbios de saúde mental – mostrou-se como uma das consequências mais negativas do isolamento e da insegurança originadas pela pandemia de COVID-19. Três pesquisas realizadas sobre o tema serão apresentadas na nova edição do Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação.

O evento é promovido pelo Instituto Legislativo Paulista (ILP) em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). “Depressão, Saúde Mental e Pandemia” acontecerá na segunda-feira, 26, das 15h às 16h30, e será transmitido ao vivo no canal da Rede ALESP no YouTube (https://www.youtube.com/user/assembleiaspconteudo).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão é a maior causa de incapacitação e invalidez no mundo. A pesquisadora Laura Helena Guerra de Andrade, da Faculdade de Medicina da USP, apresentará um estudo epidemiológico realizado na região metropolitana de São Paulo, que mostra a prevalência alta da doença em relação a outros países e os fatos contextuais que podem contribuir para essa situação: violência, moradia e migração. O outro projeto da pesquisadora, com perfil mais qualitativo, está voltado para formas de tratamento do sofrimento mental que não considerem o uso de medicamentos.

Durante a pandemia da COVID-19, Laura esteve envolvida na criação de uma rede de solidariedade na comunidade de Sapopemba, bairro de São Paulo. “Melhorando os laços entre as pessoas, a comunidade tem competências para enfrentar situações. Detectamos que as pessoas estão dando suporte uma para as outras por telefone e há casos que se resolvem assim”, relata.

Marilisa Barros, da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP, comentará os resultados da pesquisa feita pela internet, em parceria com a Fiocruz e a Universidade Federal de Minas Gerais, sobre o impacto da pandemia e do isolamento na saúde dos adultos, com destaque para mudanças comportamentais. A pesquisa pretendeu mostrar o que aconteceu com os brasileiros em relação ao hábito de fumar, ao consumo de bebida alcóolica, ao sedentarismo e à alimentação. “O levantamento buscou saber se o sofrimento psíquico se associou ou não a mudanças de comportamento e se os entrevistados tinham diagnóstico prévio de depressão”, acrescenta.

O pesquisador Guilherme Polanczyk, da Faculdade de Medicina da USP, falará sobre estudos epidemiológicos que mostram que a maior parte dos transtornos mentais presentes em adultos começa na infância e como a pandemia pode, do ponto de vista conceitual, atingir as crianças. Ele apresentará os resultados de um inquérito realizado pela internet com entrevistados entre 5 e 17 anos de idade em todo o Brasil. “O levantamento procurou mostrar a rotina e o que aconteceu com a vida dessas crianças e adolescentes durante um período da pandemia”, diz. Para terminar, apresentará um estudo iniciado recentemente sobre o uso da telemedicina no atendimento a quem apresentou problemas de ansiedade e depressão nesse período.

Evento: Depressão, Saúde Mental e Pandemia
Data: 26/10/2020
Transmissão: https://www.youtube.com/user/assembleiaspconteudo
Horário: 15h às 16h30
Inscrições: https://www.al.sp.gov.br/ilp/cursos-eventos/detalheAtividade.jsp?id=6285

Gerência de Comunicação da FAPESP / Assessoria de Comunicação
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