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FAPESP amplia colaboração com universidades britânicas English version

Dirigentes da Fundação assinam acordos com as universidades de Birmingham e de Surrey para apoiar novas parcerias entre cientistas do Reino Unido e do estado de São Paulo


Dirigentes da FAPESP assinaram nesta terça-feira (19/04), no Reino Unido, acordos de cooperação com representantes das universidades de Birmingham e de Surrey. Marco Antonio Zago, presidente, e Luiz Eugênio Mello, diretor científico, representaram a Fundação na cerimônia de assinatura, realizada em Londres.

"Foi uma excelente oportunidade para retomar o contato com as universidades do Reino Unido, que são parceiros tradicionais das instituições de pesquisa paulistas. Havia muita expectativa sobre o futuro da colaboração após o período de pandemia. As iniciativas relacionadas com a biodiversidade, as energias renováveis, as mudanças climáticas e em especial aquela relacionada com a pesquisa na Amazônia foram recebidas com entusiasmo", disse Zago.

"A Universidade de Surrey tem orgulho de sua história de colaboração internacional com muitas universidades e institutos de pesquisa de prestígio no estado de São Paulo e a renovação do acordo de colaboração com a FAPESP celebra nosso compromisso contínuo na região", disse a professora Amelia Hadfield, reitora internacional da Universidade de Surrey.

"A Universidade de Birmingham é uma universidade global com uma perspectiva cívica. Em 2010, tomamos a decisão de tornar o Brasil um ponto focal do engajamento global de Birmingham. Houve e permanecem razões convincentes para o engajamento com o Brasil: sua importância estratégica; a qualidade e ambição das universidades e parceiros brasileiros; a importância política e social ligada à educação e à pesquisa; e a força econômica do país", disse o professor Robin Mason, pró-vice-chanceler (Internacional) da Universidade de Birmingham.

Os acordos assinados entre a FAPESP e as duas universidades do Reino Unido apoiarão a implementação de projetos conjuntos de pesquisa em temas de interesse comum e intercâmbio dos conhecimentos e resultados.

Também poderá ser financiada a organização de seminários científicos e tecnológicos, de workshops especializados, simpósios e de outras reuniões científicas que promovam a interação entre instituições e grupos de pesquisa relevantes para ambos países, com o objetivo de identificar futuras áreas para cooperação.

Atividades de intercâmbio científico que ajudem a preparar a base para a elaboração de projetos de pesquisa cooperativos entre equipes do estado de São Paulo e das duas universidades britânicas também poderão ser apoiadas.

“Colaborações com universidades como Birmingham e Surrey são muito vantajosas para os pesquisadores do estado de São Paulo, pois além de se tratar de centros de excelência, ambas planejam cofinanciar com a FAPESP projetos de pesquisa de pequeno porte”, disse Mello.

“Esses pequenos projetos, além de entregarem pesquisa relevante por si mesmos, podem ajudar a desenvolver projetos de pesquisas maiores e mais ambiciosos que poderão ser submetidos para financiamento em fundos mais robustos como o acordo de financiamento UKRI/FAPESP, dentre outros”, disse.

É o terceiro acordo entre FAPESP e University of Birmingham, que desde 2001 apoiam conjuntamente o desenvolvimento de pesquisas realizadas por cientistas do estado de São Paulo em colaboração com colegas da instituição britânica.

Por meio dos acordos, FAPESP e University of Birmingham já lançaram quatro chamadas de propostas, que resultaram na seleção e apoio a 24 projetos de pesquisas nas mais variadas áreas do conhecimento.

"Nosso engajamento com o Brasil se sustenta de várias formas, das quais uma dos mais importantes é o nosso trabalho com a FAPESP. Graças à essa parceria, 62 auxílios de pesquisa e bolsas foram apoiadas nos últimos 10 anos, em diversas áreas acadêmicas, incluindo Doenças Infecciosas, Engenharia e Infraestrutura, Padrões Internacionais de Relatórios Financeiros e Cidades Sustentáveis, para citar apenas algumas. Com a renovação do nosso acordo, esperamos apoiar mais colaboração na próxima década e fortalecer nossa parceria com a FAPESP", disse Mason.

Com a University of Surrey, a FAPESP mantém colaboração desde 2010. A parceria resultou até o momento em nove chamadas de propostas, conjuntas ou por meio da estratégia de organização SPRINT – São Paulo Researchers in International Collaboration. Dezoito projetos de pesquisa em várias áreas já foram selecionados e apoiados por meio das chamadas.

“Estamos ansiosos para desenvolver nosso relacionamento frutífero e de longa data, que proporcionará oportunidades para muitos mais pesquisadores de Surrey se envolverem em pesquisas inovadoras e impactantes com parceiros brasileiros de alta qualidade”, disse Hadfield.

Hadfield e Zago na assinatura do acordo entre Universidade de Surrey e FAPESP, em Londres.


Birmingham e Surrey

Fundada em 1900, a Universidade de Birmingham representou um novo modelo para o ensino superior na Inglaterra, sendo a primeira universidade situada em uma grande cidade e voltada especificamente para jovens moradores da região. Hoje internacional, a universidade recebe anualmente mais de 30 mil estudantes de todo o mundo em Birmingham e no novo campus de Dubai.

Com 10 ganhadores do Nobel entre acadêmicos, pesquisadores e ex-alunos, a Universidade de Birmingham contribuiu para algumas das maiores descobertas da ciência, incluindo nos últimos tempos o Bóson de Higgs e ondas gravitacionais.

A Universidade de Surrey foi fundada em 9 de setembro de 1966, mas suas raízes remontam a uma preocupação do fim do século 19 de fornecer maior acesso à educação superior para os habitantes mais pobres de Londres.

No ano letivo de 2020-21, a universidade tinha mais de 16 mil alunos. Cerca de um terço dos estudantes em Surrey são de fora do Reino Unido, demonstrando tanto a diversidade do corpo discente como a reputação internacional da instituição.

Zago e Mason na assinatura do acordo entre Universidade de Birmingham e FAPESP, em Londres.


Página atualizada em 20/04/2022 - Publicada em 19/04/2022