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Ciclo ILP-FAPESP discute arte, cultura e ciência
O Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação apresentará nesta segunda-feira, dia 26, projetos de pesquisa voltados para a área cultural. Os estudos se valem de ferramentas das áreas de física e química que auxiliam no restauro de obras e na criação de formas de expressão artística, como a nanoarte. Laser 3D e digitalização nunca foram tão necessários para o registro, a divulgação e a popularização de acervos de museus e patrimônios históricos.
O ciclo é uma parceria entre o Instituto do Legislativo Paulista (ILP) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) para a realização de eventos de divulgação científica dirigidos à sociedade, legisladores, gestores públicos e demais interessados. O evento será transmitido pelo canal da Assembleia Legislativa de São Paulo no YouTube e poderá ser acompanhado pelo link https://www.youtube.com/watch?v=qxmWXQoqdk4.
A pesquisadora Beatriz Mugayar Kühl, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, vai detalhar o uso do escaneamento a laser em 3D no Museu Paulista, recém reaberto como parte das comemorações dos 200 anos da Independência do Brasil. Além da USP, mantenedora do museu, o projeto envolveu a Universidade de Ferrara, da Itália. No evento, serão analisados os trabalhos desenvolvidos, seus resultados e as repercussões no projeto de restauração e expansão do edifício. “Discutiremos o uso desse método de levantamento, suas particularidades, limites e potencialidades e faremos algumas considerações sobre a relação história, restauração e escaneamento”, diz.
As técnicas analíticas aplicadas ao estudo da obra "Independência ou Morte", do acervo do mesmo museu, serão detalhadas pela pesquisadora Marcia de Almeida Rizzutto, do Instituto de Física da USP. Elas permitiram identificar os pigmentos usados pelo pintor Pedro Américo e possibilitaram o estudo do processo criativo empregado. “O uso das técnicas analíticas é amplo e permite estudar diferentes materiais como pigmentos, metais e cerâmicas, entre outros”, diz. A parceria com os diferentes museus da USP e do Estado de São Paulo tem permitido estudar várias obras dos seus acervos.
O Museu de Arte Contemporânea da USP constituiu, entre 2018 e 2019, um laboratório de preservação digital que tem contribuído para a difusão de seu acervo e com o debate sobre o tema no país. Ana Gonçalves Magalhães, historiadora e curadora do museu, conta que com o advento das novas tecnologias e, mais recentemente, com as mídias digitais, os museus de arte têm lidado com modos de colecionismo de novas formas de arte. “Há pelo menos 50 anos, a emergência da videoarte fez com que os museus se dedicassem à preservação e divulgação de obras que se encontram hoje em suportes digitais”, diz. Desde então, as instituições buscaram especialistas no campo da tecnologia da informação para a gestão e exibição de seus acervos.
O pesquisador Ricardo Tranquilin, do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), estuda a nanoarte, expressão artística recente, que tem origem na nanotecnologia. “Ela utiliza imagens de materiais obtidos por intermédio de microscópios eletrônicos de alta precisão”, explica. Durante a sua palestra, ele mostrará como a utilização conjunta de ciência e de arte é capaz de transformar sistemas extremamente complexos em formas simples e proporcionar um melhor entendimento das origens dos materiais sintetizados em laboratório.
Ao final do evento, os pesquisadores responderão, ao vivo, a perguntas que forem enviadas pela audiência para o e-mail cicloilp@fapesp.br.
Evento: Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação – Ciência, Tecnologia e Inovação na Cultura
Data: 26/09/2022
Horário: das 15 às 17h15
Transmissão: https://www.youtube.com/watch?v=qxmWXQoqdk4&feature=emb_title
Inscrição: https://www.al.sp.gov.br/ilp/cursos-eventos/detalheAtividade.jsp?id=8685
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