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Ciclo ILP-FAPESP discute a transformação digital nos municípios

Na próxima segunda-feira (30/10), especialistas estarão reunidos em evento para debater a transformação digital na gestão pública, as dificuldades inerentes a esse processo e relatar algumas experiências que tiveram resultados positivos. Para aumentar a eficiência dos governos e beneficiar o cidadão, a transformação digital precisa ir muito além da eliminação do papel e depende de um conjunto de ações. É um processo complexo que deve levar em conta as especificidades dos governos locais, tirar benefícios da inteligência artificial e necessita de investimento em tecnologia e treinamento de pessoal.

O evento integra o Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação, uma parceria entre a FAPESP e o Instituto do Legislativo Paulista (ILP), da Assembleia Legislativa de São Paulo. O Ciclo trata mensalmente de temas de interesse de legisladores, assessores parlamentares, gestores públicos, estudiosos e da sociedade em geral. Ele é transmitido ao vivo pelos canais da ALESP e do ILP no YouTube. Durante o debate, o público tem a oportunidade de dirigir perguntas aos convidados do evento.

O professor do Insper Manuel Ruas Pereira Coelho Bonduki destaca que a transformação digital não deve ficar restrita ao governo federal. “Há estados e municípios em todas as regiões capazes de apoiar a transformação digital a partir de um papel de protagonista”, diz. O Brasil tem nesses governos subnacionais os principais responsáveis por entregar políticas e serviços públicos. “A transformação digital precisa resultar na integração das três esferas, respeitadas suas autonomias”, afirma. “Além disso, num país com tamanha diversidade, não podemos ter políticas excessivamente padronizadas”. No jargão do setor, elas são conhecidas como "one size fits all".

“Apesar dos avanços, o Brasil enfrenta desafios na infraestrutura de internet e de telecomunicações, a falta de conhecimento e capacitação digital”, diz Luísa Paseto, pesquisadora do Centro de Pesquisa Aplicada em Inteligência Artificial Recriando Ambientes – CPA IARA, do MCTI. Automação de processos, implementação de novas tecnologias, inclusão digital e gestão e governança estão entre as oportunidades que derivam do processo transformação digital das cidades. “É fundamental aproveitar e aperfeiçoar todos os benefícios que ela pode proporcionar”, diz. O governo disponibiliza aos gestores federais, estaduais e municipais a plataforma inteli.gente, que ajuda a fazer um diagnóstico de maturidade para cidades inteligente com base nas condições locais. Por meio dela é possível conhecer a própria realidade, auxiliar as cidades e também outros atores interessados em colaborar com a transformação digital e o desenvolvimento urbano sustentável.

Mariano Lafuente, especialista principal em Modernização do Estado do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), vai apresentar exemplos de avanços nos municípios brasileiros e diferentes iniciativas em andamento. Entre elas, estão a Plataforma Rede Gov.Br, do governo federal, e a linha de crédito do BID para financiamento da transformação digital municipal. Mais de 86% da população brasileira reportava estar adaptada ao mundo digital e com conectividade quase universal por meio do celular no final de 2021, segundo pesquisa do BID. “Os municípios têm que avançar nessa agenda para entregar mais e melhores serviços e para gerar economia para a sociedade e para o setor público”, diz.


Evento: Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação – Transformação digital nos municípios/A Gestão Pública na Era Digital

Data: 30/10/2023

Horário: das 15h às 17h15

Transmissão pelo YouTube:

Gerência de Comunicação da FAPESP / Assessoria de Comunicação
João Carlos da Silva / jsilva@fapesp.br
Heloisa Reinert / hreinert@fapesp.br / 11 96639-2552


Página atualizada em 27/10/2023 - Publicada em 27/10/2023