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Há algo de novo no passado: o estado da arte da pesquisa arqueológica na Amazônia – Eduardo Neves

A arqueologia amazônica mudou muito nos últimos vinte anos. Ao final da década de 1990 o principal tema de discussão era se a Amazônia era densamente povoada no passado. Hoje é aceito que as ocupações antigas dos povos indígenas tiveram um papel importante na transformação da natureza ao longo dos milênios e na formação da Amazônia que conhecemos.

Atualmente está estabelecido que a Amazônia foi um centro independente de domesticação e cultivo de plantas, da mesma forma que pesquisas feitas na Bolívia, no Brasil e no Equador trazem evidências de urbanismo em uma escala que ainda precisa ser melhor compreendida. No entanto, à medida que o conhecimento arqueológico cresceu exponencialmente, também cresceram as ameaças que a Amazônia e seus povos enfrentam. Só no Brasil, quase 20% da cobertura florestal foi perdida nos últimos 40 anos. A conferência trará um balanço de resultados de estudos recentes e apresentará as iniciativas da comunidade arqueológica brasileira para fazer frente a essas ameaças.

Professor titular de Arqueologia Brasileira e diretor do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE-USP), pesquisador 1A do CNPq. Graduado em História pela FFLCH-USP e doutor em Antropologia pela Universidade de Indiana. É coordenador do Laboratório de Arqueologia dos Trópicos do MAE-USP. Foi professor visitante da CAPES Harvard no Departamento de Antropologia da Universidade Harvard, coordenador-adjunto da área de Arqueologia da CAPES e presidente da Sociedade de Arqueologia Brasileira.

Moderação: Maria de Fátima Morethy Couto, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Programa

09h30 Credenciamento
10h00 Abertura
10h10 Conferência
11h00 Perguntas e respostas
11h30 Encerramento


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Local: Auditório FAPESP – Rua Pio XI, 1500 – Alto da Lapa, São Paulo, SP