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Ciclo ILP-FAPESP discute doenças crônicas: Alzheimer, Fibromialgia e Lúpus
No primeiro evento de 2024 do Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação, que ocorre na próxima segunda-feira (04/03), três doenças crônicas muito diferentes entre si possibilitarão uma discussão que vai além dos sintomas e tratamentos existentes. Entrarão em pauta também a busca da qualidade de vida dos portadores dessas doenças e como a saúde pública está lidando com elas. Alzheimer, fibromialgia e lúpus são doenças que, apesar de diferentes características, têm em comum o fato de serem incuráveis e terem causas não totalmente conhecidas.
A mesa redonda ocorrerá no Plenário José Bonifácio da Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP), das 15h às 17h. Será também transmitida ao vivo pelos canais da Assembleia e do ILP no YouTube. Durante o debate, o público presente e a audiência online terão a oportunidade de dirigir perguntas aos convidados do evento.
O Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação é uma parceria entre a FAPESP e o Instituto do Legislativo Paulista (ILP). A iniciativa tem o objetivo de divulgar a ciência produzida em São Paulo e no Brasil e contribuir com a elaboração de políticas públicas em diversas áreas.
A epidemiologista Cleusa Ferri da Escola Paulista de Medicina/UNIFESP, lança um olhar sobre os números e outro sobre os efeitos da demência. ”Estima-se que, em 2019, cerca de 1,8 milhão de pessoas viviam com demência no Brasil e que este número irá triplicar até 2050”, diz. “Diversas iniciativas surgiram nos últimos anos, mas ainda há muito o que fazer para melhorar a qualidade de vida das pessoas com demência e seus familiares”, afirma. A demência afeta principalmente as pessoas mais velhas. Existem várias causas, sendo a doença de Alzheimer a mais comum. Ela é pouco conhecida pelo público em geral e por profissionais de saúde, o que resulta na falta de diagnóstico e tratamento oportunos.
“O diagnóstico precoce do lúpus eritematoso sistêmico (LES), uma doença autoimune crônica que pode afetar várias partes do corpo, incluindo pele, articulações, rins, cérebro e outros órgãos, é crucial”, diz Paulo Louzada Júnior, da Faculdade Medicina de Ribeirão Preto/USP. O tratamento demanda uma abordagem multidisciplinar voltada para o controle dos sintomas, a prevenção de surtos e redução dos danos aos órgãos”. Segundo ele, o uso de medicamentos imunossupressores associado à adoção de um estilo de vida saudável e exercícios regulares sem exposição ao sol podem ajudar a pessoa a levar uma vida relativamente normal. Calcula-se que o lúpus afete 5 milhões de pessoas no mundo, na proporção de 9 mulheres para cada homem, sendo as mulheres em idade fértil as mais afetadas.
José Eduardo Martinez, da Sociedade Brasileira de Reumatologia e da PUC-SP, trará para o encontro o seu conhecimento sobre a síndrome da fibromialgia, que tem como sintoma a dor crônica generalizada. Ela se caracteriza como um distúrbio do processamento do estímulo doloroso, o que amplifica a dor em geral. Vem associada à fadiga, a distúrbios cognitivos e do sono. O tratamento da fibromialgia envolve educação em saúde, exercícios físicos e eventualmente terapias psicológicas. Quanto aos medicamentos prescritos, alguns atuam na modulação da dor e outros, mais específicos, para os demais sintomas e comorbidades envolvidos.
Data: 04/03/2024
Horário: das 15 às 17h
Local: Assembleia Legislativa de São Paulo – Plenário José Bonifácio - Av. Pedro Álvares Cabral, 201 – 1° andar
Transmissão:
Canal da ALESP: https://youtube.com/live/KBq8c0iF7gI?feature=share
Canal do ILP: https://www.youtube.com/watch?v=FejKfMos7uM
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