Notícias

Caminhos propositivos

Caminhos propositivos Maria Helena Guimarães Castro, secretária de Ciência Tecnologia e Desenvolvimento Econômico de São Paulo (foto: Miguel Boyayan)

Agência FAPESP - Maria Helena Guimarães de Castro, antes de ser secretária da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, passou por diversos outros cargos públicos e dedicou sua vida acadêmica a pesquisas na área educacional.

Por conta disso, ao falar sobre os desafios para o desenvolvimento econômico de São Paulo, ou sobre o universo da ciência, tecnologia e inovação, a educação é uma preocupação sempre presente.

“Se pensarmos na grande agenda para o estado, está claro que o desenvolvimento econômico, a inovação tecnológica e os avanços científicos precisam ser acompanhados também de uma melhoria cada vez maior na educação”, disse Maria Helena à Agência FAPESP.

Para a secretária, que visitou a FAPESP nesta quarta-feira (10/5), o governo estadual vem agindo com base nessa filosofia há alguns anos. “São Paulo tem condições excepcionais para dar um grande salto. Parte dessa base tem a ver com a expansão das faculdades de tecnologia, as Fatecs, feita nos últimos tempos. O número de matrículas nessas instituições aumentou 80% no governo atual”, afirmou Maria Helena, que também é docente do Departamento de Ciência Política da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e foi secretária estadual de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo de 2003 a março de 2006.

Para fortalecer ainda mais o entrelaçamento entre inovação tecnológica, desenvolvimento e educação, a secretária confirmou a realização de um workshop em julho, quando deverá ser apresentado o Plano Diretor do Ensino Superior Paulista.

“Essa é uma estratégia que está sendo feita para o universo dos próximos dez anos. Ela vai abordar aspectos demográficos, financiamento, de recursos humanos, pedagógicos e também de inclusão social”, explicou.

Em termos teóricos, segundo Maria Helena, também é importante que a universidade ajude mais no aprimoramento da educação básica brasileira. “Temos que fazer mais pesquisas em didática. O que é preciso fazer, por exemplo, para ajudar o professor na sala de aula? Temos que passar do diagnóstico para a fase das propostas”, afirmou.

Além do plano diretor específico para o ensino superior, Maria Helena confirmou que São Paulo terá um espécie de plano estratégico que contemplará todos os setores da sociedade, desde as universidades, passando pelas agências de fomento e chegando até a iniciativa privada. “Isso será discutido em um seminário que será realizado, no máximo, em agosto. Com esses dois planos, teremos um conjunto de proposições bastante completo”, disse.


Publicado em 10 de maio de 2006