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Esforço para cooperação
Agência FAPESP – Uma delegação da Suíça visitou a sede da FAPESP nesta segunda-feira (30/8), com o objetivo de conhecer os programas e modalidades de apoio da Fundação.
O objetivo da missão suíça ao Brasil foi tratar do aprofundamento de relações científicas e tecnológicas bilaterais, de questões de educação superior nos dois países e da cooperação internacional em diversas áreas, com destaque para saúde, energia e meio ambiente.
Durante a viagem de seis dias, a comitiva passou por Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo e visitou instituições como a Academia Brasileira de Ciências (ABC), a Universidade de São Paulo (USP) e a Univesidade Federal de São Paulo (Unifesp).
A comitiva foi recebida na FAPESP por Celso Lafer, presidente da Fundação, por Eduardo Moacyr Krieger, professor emérito da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP e membro do Conselho Superior da Fundação, e por Sergio Robles Reis de Queiroz, professor do Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas e coordenador adjunto de Pesquisa para Inovação da FAPESP.
Participaram da reunião Mauro Dell’Ambrogio, secretário de Estado para Educação Superior e Pesquisa da Suíça, Dieter Imboden, presidente do Fundo Nacional Suíço para o Desenvolvimento de Pesquisa Científica, e Wilhelm Meier, embaixador da Suíça no Brasil, além de representantes de instituições de pesquisa do país europeu.
Os suíços conheceram um panorama geral do sistema de ciência e tecnologia em São Paulo, além da atuação da FAPESP com foco nos programas e auxílios à pesquisa no Estado.
“Tivemos a oportunidade de falar sobre o sistema geral da ciência e tecnologia da pesquisa no Brasil e de mostrar também o que significa a FAPESP dentro desse contexto. Esperamos que a partir desse primeiro encontro possam surgir oportunidades de cooperação”, disse Lafer.
Para o presidente da Fundação, o encontro significou uma primeira aproximação e tem condições de frutificar, sobretudo, pela disposição e interesse que a delegação empenhou em conhecer os institutos de pesquisa e universidades brasileiras.
Dell’Ambrogio ressaltou a importância da internacionalização para os dois países. “Cerca de 60% dos estudantes universitários suíços estão em 200 das maiores universidades do mundo e 80% dos estudantes de doutorado são formados fora do país. É um alto índice, pois somos um país pequeno e precisamos nos manter abertos aos outros países”, disse.
Imboden apresentou o contexto do investimento em ciência na Suíça. Cerca de 80% do orçamento é investido na pesquisa básica. “Alguns dos nossos projetos são de longo prazo, duram em média dez anos. Mas, diferentemente do Brasil, não podemos investir em empresas”, disse, ao tomar conhecimento de programas da FAPESP como o Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE).
Imboden destacou que o Brasil é o principal parceiro comercial da Suíça na América Latina. As empresas suíças sediadas no Brasil empregam mais de 90 mil profissionais. Além disso, os suíços que estão no país formam a quarta maior colônia suíça fora da Europa, com quase 15 mil cidadãos.
“Para nós, é muito importante estar sempre atualizado sobre o que está sendo feito no Brasil e consideramos São Paulo um pólo estratégico na aliança entre os dois países”, disse Patrick Aesbicher, presidente da Escola Politécnica Federal de Lausanne.