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FAPESP assina acordos com universidades britânicas

FAPESP assina acordos com universidades britânicas Conselheiro-chefe para assuntos científicos do Reino Unido e comitiva britânica visitam a FAPESP. Durante o encontro foram assinados acordos com as universidades de Southampton e de Nottingham (foto:Eduardo Cesar)

O conselheiro-chefe para Assuntos Científicos do Gabinete de Ciência e Tecnologia do Reino Unido, Sir John Beddington, visitou nesta quarta-feira (11/5) a sede da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

Acompanhado de uma delegação composta por representantes de universidades e agências de fomento à pesquisa britânicas, Beddington foi recebido pelo presidente da FAPESP, Celso Lafer, e pelo diretor científico da Fundação, Carlos Henrique de Brito Cruz, entre outros.

Durante o encontro foram assinados acordos de cooperação científica e tecnológica entre a FAPESP e as universidades de Nottingham e Southampton.

Os acordos têm por objetivo aproximar cientistas dos dois países, ao apoiar a realização de projetos de pesquisa conjuntos em todas as áreas de conhecimento. Os projetos, que podem incluir o intercâmbio de pesquisadores e de alunos de pós-doutorado, serão selecionados por meio de chamadas de propostas.

A FAPESP e a Universidade de Southampton lançaram no mesmo dia chamada de propostas, que está aberta a pesquisadores de instituições de ensino superior e pesquisa, públicas ou privadas, no Estado de São Paulo e pesquisadores ligados à universidade britânica.

“Esses acordos dão sequência a outras parcerias celebradas com agências de fomento à pesquisa e universidades britânicas, que têm sido muito importantes para a FAPESP. A presença do cientista chefe do Reino Unido é politicamente significativa do interesse do governo inglês em promover cooperações científicas como essas”, disse Lafer.

No início da reunião, Beddington assistiu a uma apresentação feita por Brito Cruz a respeito dos programas e modalidades de apoio oferecidos pela FAPESP e do panorama da produção científica no Estado de São Paulo.

O diretor científico destacou as parcerias celebradas pela Fundação com universidades e órgãos de fomento à pesquisa de diversos países, como Alemanha, França, Canadá, Argentina, China, Estados Unidos, e do próprio Reino Unido.

“Uma das práticas importantes da FAPESP nos últimos anos tem sido fomentar a realização de acordos internacionais para promover parcerias entre cientistas de São Paulo e de outras regiões no mundo”, destacou.

A FAPESP mantém acordos com o King’s College London, a Universidade de Surrey e com os Conselhos de Pesquisa do Reino Unido (RCUK, na sigla em inglês).

Celebrado em setembro de 2009, o acordo inovador possibilita que cientistas de instituições do Estado de São Paulo e do Reino Unido submetam propostas de pesquisas conjuntas por meio de um processo unificado de análise e decisão, que dispensa a necessidade de solicitar o auxílio e receber o parecer das duas instituições.

Os Conselhos de Pesquisa do Reino Unido recebem e avaliam as propostas de pesquisa colaborativa das instituições elegíveis em nome de ambas instituições. Por sua vez, os pareceristas nomeados pela FAPESP participam de todo o processo de revisão por pares e da tomada de decisão.

“Acordos de cooperação científica como esses são importantes e trazem muitos benefícios para o avanço da ciência. As discussões que tivemos na FAPESP indicaram que podemos ampliar a colaboração científica entre o Reino Unido e o Estado de São Paulo para outras áreas além das quais já temos um histórico de colaboração, como a biotecnologia”, disse Sir Beddington à Agência FAPESP.

Em sua segunda visita ao Brasil, o conselheiro do primeiro-ministro britânico participou como palestrante de um workshop promovido pelo Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG), que termina neste dia 12 de maio no Espaço Apas, em São Paulo.

O evento é voltado aos coordenadores, pesquisadores principais, colaboradores associados e estudantes de cada um dos 17 projetos atualmente apoiados pelo programa e equipes de projetos apoiados pelos programa FAPESP-BIOEN e BIOTA-FAPESP.

“O impacto internacional da ciência produzida no Reino Unido aumenta em cerca de 30% quando nossos cientistas realizam projetos em conjunto com pesquisadores brasileiros. Os benefícios dessa colaboração científica são enormes para o Reino Unido devido à excelência da pesquisa brasileira”, destacou Beddington em sua palestra.

Integraram a comitiva britânica na visita à FAPESP o vice-cônsul para ciência e inovação da embaixada britânica, Damian Popolo; o professor emérito da Universidade de Nottingham, Edwar Cocking; o professor e vice-chanceler de internacionalização da Universidade de Southampton, Mark Spearing; o professor da Universidade de York, Neil Bruce; o professor da Universidade de Sheffield, Shaun Quegan; o diretor de relações internacionais do Conselho de Pesquisa em Ciências Biotecnológicas e Biológicas, Tim Willis; a gerente de desenvolvimento regional da Universidade de Southampton, Inés Teresa-Palacio; o pesquisador do Rothamsted Research, John Lucas; e Cristina Hori, do departamento de ciência e inovação da Consulado Britânico erm São Paulo.

Do lado brasileiro, participaram do encontro a pró-reitora adjunta de pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), Belmira Bueno; o coordenador da área de pesquisa para inovação da FAPESP, Douglas Eduardo Zampieri; o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Gilberto Câmara; a integrante da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN), Marie-Anne Van Sluys; a assessora da Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Maysa Furlan; e o membro da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG), Reynaldo Luiz Victoria. 


Página atualizada em 17/03/2014 - Publicada em 11/05/2011