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Novo auditório para o cinquentenário

Novo auditório para o cinquentenário

A FAPESP terá um novo auditório para a realização de seus eventos. O Auditório Carvalho Pinto será inaugurado na próxima segunda-feira (23/05), às 10 horas, em cerimônia exclusiva para convidados.

O novo espaço terá 170 lugares e será equipado com sistema digital de som e imagem de última geração. Inteiramente remodelado, o auditório estará de acordo com as normas brasileiras de segurança e acessibilidade. As instalações incluem acessos para cadeirantes e assentos destinados a pessoas obesas ou com necessidades especiais.

O nome do auditório é uma homenagem a Carlos Alberto Alves de Carvalho Pinto (1910-1987), governador do Estado de São Paulo entre 1959 a 1963. A cerimônia de inauguração contará com a presença de familiares de Carvalho Pinto e terá o descerramento de duas placas em homenagem ao governador que viabilizou a instituição da FAPESP em 1962.

O evento também marcará o início das comemorações dos 50 anos da FAPESP, cujo cinquentenário se completará em setembro de 2012. “São Paulo foi pioneiro, no nosso país, no reconhecimento da importância do respaldo à pesquisa, vale dizer, das atividades voltadas para a descoberta de novos conhecimentos que ampliam o entendimento e o poder de uma sociedade sobre seu destino”, disse Celso Lafer, presidente da FAPESP.

Graças à mobilização da comunidade científica paulista e à atuação da bancada de deputados estaduais liderada por Lincoln Feliciano, do PSD, e Caio Prado Jr., do PCB, a Constituição paulista de 1947, no seu artigo 123, estipulou que “o amparo à pesquisa científica será propiciado pelo Estado” e previu o modo de efetivá-lo por meio de uma fundação que receberia um repasse mínimo de 0,5% do total da receita ordinária estadual.

“A maturação da fundação prevista na Constituição estadual levou seu tempo. Foi obra do governador Carvalho Pinto, que a incluiu no seu Plano de Ação. Foi dele a iniciativa do projeto que se transformou na lei que autorizou o Executivo a instituir a FAPESP, e a instituiu efetivamente pelo Decreto 40.132, de 23/5/1962”, disse.

Segundo Lafer, as diretrizes consubstanciadas nos estatutos da Fundação, estabelecidos em 1962, continuam em vigor e retêm plena atualidade graças ao mérito de sua concepção.

Essas diretrizes determinavam, por exemplo, que a FAPESP deveria apoiar a pesquisa e não fazer pesquisa, que deveria fornecer elementos de orientação e auxílio financeiro, sem interferir com a personalidade do investigador ou da instituição e que não cabia restrição quanto ao gênero da pesquisa realizada.

Os estatutos determinam, também, o reconhecimento da interdependência da pesquisa básica e da pesquisa aplicada, a limitação das despesas administrativas a um teto de 5% do orçamento da Fundação, a da republicana prestação de contas e o empenho na objetividade e imparcialidade na avaliação das solicitações apresentadas, pela análise dos pares, o que ensejou a integração da comunidade acadêmica ao processo decisório da FAPESP.

O biólogo Paulo Vanzolini, que teve papel decisivo na redação dos estatutos, disse por ocasião dos 40 anos da instituição: "A FAPESP, para mim, se resume num nome: Carlos Alberto Alves de Carvalho Pinto”.

"O governador não cozinhou o assunto em banho-maria, teve cabeça, decisão, calma e competência no trato da matéria. É por isso que em sua homenagem o auditório da FAPESP receberá, no início das comemorações dos 50 anos da instituição, o seu nome. Homenagem merecidíssima, pois a FAPESP que se deve ao seu descortino público é um marco na institucionalização do apoio à pesquisa no estado e no país”, destacou Lafer.

Na Constituição estadual de 1989, a sustentabilidade das atividades da FAPESP foi reforçada com a estipulação do pagamento em duodécimos da sua parte na receita anual do Estado e a elevação do seu porcentual para 1%. Em contrapartida, o texto da Constituição adicionou explicitamente à missão da Fundação as atividades de fomento ao desenvolvimento tecnológico.

“Hoje, o valor agregado do conhecimento individualiza o Estado de São Paulo no cenário nacional. É uma marca da presença paulista em um mundo globalizado, que contou com a decisiva ação da FAPESP, ao longo dos 49 anos de sua existência, na linha de uma visão estratégica constitucionalmente preconizada e superiormente institucionalizada, pelo governador Carvalho Pinto”, disse Lafer.
 


Página atualizada em 23/05/2011 - Publicada em 20/05/2011