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Mais visibilidade para ciência brasileira

Mais visibilidade para ciência brasileira Aumento da visibilidade da ciência brasileira por meio da comunicação de resultados de pesquisa avançada desenvolvida no Brasil pelos próprios cientistas a seus colegas é o principal objetivo da FAPESP Week, diz diretor científico da FAPESP (Foto: JVInfante Photography/Wilson Center)

O aumento da visibilidade da ciência brasileira por meio da comunicação de resultados de pesquisa avançada desenvolvida no Brasil pelos próprios cientistas a seus colegas é o principal objetivo da FAPESP Week, diz diretor científico da FAPESP.

Para o diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, “ainda há muito espaço para crescimento da colaboração em projetos e para o crescimento do impacto da ciência produzida no Brasil”. Em sua apresentação, Brito Cruz destacou o crescimento sustentado do número de artigos publicado por pesquisadores brasileiros nos últimos 30 anos e a força do país e do Estado de São Paulo na formação de recursos humanos. 

“Dos 12 mil doutores formados anualmente no País, 2.200 obtêm esse título na USP, 800 na Unicamp e 800 na UNESP”, disse. Essa capacidade aponta os principais desafios atuais para a ciência no País: elevar o impacto da produção científica desses cientistas – traduzido no número de citação de artigos que eles publicam –, aumentar a cooperação internacional e o número de pesquisadores trabalhando, tanto em universidades e institutos de pesquisa, como em empresas.

Brito Cruz destacou projetos de pesquisa fundamental voltada para a aplicação, e também oportunidades para pesquisadores estrangeiros em Programas de Pesquisa e outras iniciativas da Fundação. Entre essas iniciativas está o SP – Excellence Chair, que será anunciado no final de novembro –, com chamadas de propostas previstas para o primeiro semestre de 2012. Este programa apoiará projetos propostos por “first class scientists” de qualquer nacionalidade, que admitem a orientação de pesquisadores de pós-doutores, a vinda de pesquisadores visitantes de seu país de origem e a aquisição de equipamentos. No total, os projetos selecionados poderão receber até R$ 2 milhões.

Alguns exemplos de pesquisas que propõe desafios importantes e podem envolver a colaboração entre cientistas brasileiros e estrangeiros foram citados pelo diretor da Fundação. Pesquisas em biologia molecular desenvolvidas no FAPESP Program for Research on Bioenergy (BIOEN), por exemplo, têm potencial para elevar a produtividade da cana-de-açúcar de 84 toneladas/hectare para até 280 toneladas/hectares e o FAPESP Research Program on Global Climate Change está desenvolvendo o Modelo Brasileiro de Clima – uma contribuição necessária para a compreensão do papel do clima brasileiro nas mudanças em curso no planeta.

O Programa Biota-FAPESP, que há 12 anos caracteriza a biodiversidade em São Paulo e no Brasil, definiu mecanismos para conservação e uso sustentável que podem ser bastante estendidos em cooperação entre pesquisadores. Cerca de 20 decisões de governo já foram implementadas, como o zoneamento agroambiental para o setor sucroalcooleiro no Estado e a formulação de um Ato Normativo que estabelece prioridades para ação do Ministério Público Estadual no que diz respeito à identificação e repreensão das atividades causadoras de degradação ambiental em São Paulo.
 


Página atualizada em 24/10/2011 - Publicada em 24/10/2011