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FAPESP realiza workshop sobre Modelo Brasileiro do Sistema Terrestre

Pesquisadores dos programas da área de mudanças climáticas, biodiversidade e bioenergia, apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), participam em 19 de fevereiro, das 8h às 17h, de um workshop sobre o Modelo Brasileiro do Sistema Terrestre (Brazilian Earth System Model – BESM), um dos pilares do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG), lançado em 2008. O evento contará com a participação do professor Guy Brasseur, diretor do Centro de Serviços Climáticos (CSC) da Alemanha e ex-diretor do Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas (NCAR), dos Estados Unidos, como convidado especial.

O BESM foi desenvolvido sob a coordenação do Centro de Ciências do Sistema Terrestre (CCST), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), e tem capacidade de gerar cenários de mudanças climáticas com perspectiva brasileira, incorporando processos de formação de nuvens, dinâmica da vegetação e o conhecimento criado no país sobre a influência da Floresta Amazônica sobre o clima global. O projeto coloca o Brasil no cenário internacional do desenvolvimento de modelos climáticos e passa a tratar com maior exatidão os processos regionais de interesse do país, ampliando a base científica para enfrentar os desafios e consequências das mudanças globais em curso.

Em 2012, pela primeira vez, desde a concepção do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, da sigla em inglês), o Brasil se tornou uma nação contribuinte com cenários climáticos globais para o Painel da Organização das Nações Unidas, com projeções computadas com uma versão aprimorada do BESM.

A versão integral do modelo está sendo elaborada por uma rede de instituições brasileiras com apoio do PFPMCG e parcerias internacionais, sob a liderança do CCST. Feitas no supercomputador Tupã, adquirido pela FAPESP e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), as simulações foram submetidas ao Projeto de Intercomparação de Modelos Acoplados, Fase 5 (CMIP5, na sigla em inglês) para o período que vai de 1960 a 2100.

O modelo conta com a capacidade de estabelecer, em intervalos determinados de tempo, a influência das combinações entre temperatura da superfície do mar, intensidade dos ventos, temperatura do ar, precipitação pluviométrica e radiação solar, entre outras variáveis, que permitem prever o impacto das interações oceano-atmosfera sobre a distribuição de chuvas e temperaturas sobre o Brasil e o planeta.

O BESM integra a dinâmica de funcionamento do clima na atmosfera, e passa a incluir os processos de formação de nuvens; as formações de gelo marinho (fundamentais para o equilíbrio radiativo da atmosfera e determinação da velocidade do aquecimento global); a influência das variações no desenvolvimento da vegetação na América do Sul, agora integrando o conhecimento gerado sobre a Amazônia, como, por exemplo, do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera da Amazônia (LBA) e as consequências das interações floresta-clima naquela região, cujo efeito regulador do clima global é uma importante contribuição brasileira para os modelos existentes hoje no mundo.

Gerência de Comunicação da FAPESP / Assessoria de Comunicação

Samuel Antenor (11) 3838-4381

Fernando Cunha (11) 3838-4151

Workshop sobre Modelo Brasileiro do Sistema Terrestre

(Brazilian Earth System Model – BESM)

19 de fevereiro de 2013, das 8h às 17h

Local: FAPESP, rua Pio XI, 1500, Alto da Lapa, São Paulo

Inscrições gratuitas em: www.fapesp.br/eventos/MBSE/inscricao

Apresentações em inglês com tradução simultânea para o português


Página atualizada em 10/10/2022 - Publicada em 08/02/2013