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Introdução

Em 2007, o 1º Simpósio Brasileiro de Mudanças Ambientais Globais, realizado no Rio de Janeiro, teve como objetivo principal apresentar o estado da arte das pesquisas científicas sobre mudanças globais a representantes do setor acadêmico, governamental e empresarial. Podemos afirmar sem sombra de dúvida que como ações diretas originadas neste 1º Simpósio tivemos a criação da Rede Brasileira de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (Rede CLIMA), o edital do CNPq para a implementação dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) e as chamadas para as propostas do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudancas Climáticas Globais (PFPMCG) entre 2007 e 2008.

O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas (INCT-MC) foi instituído em 2008 por meio de Edital do CNPq e tem vigência até janeiro de 2014. É dividido em 26 subprojetos de pesquisa, e tem contribuído para a melhor compreensão da dinâmica de  funcionamento da atmosfera, dos oceanos, e dos continentes da Terra. Também colabora para a expansão de nossa capacidade observacional do planeta oferecendo às comunidades científicas novas e extensas oportunidades para avançar no entendimento do planeta como um sistema acoplado.

O PFPMCG foi criado em 2008, e tem como objetivo fomentar novos  conhecimentos sobre o mesmo tema. Espera-se que os resultados de pesquisa do programa auxiliem na tomada de decisões fundamentadas cientificamente com respeito a avaliações de risco e estratégias de mitigação e adaptação.

A Rede CLIMA, do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), é uma rede permanente criada em 2007 que tem como objetivo principal gerar e disseminar conhecimentos para que o Brasil possa responder aos desafios representados pelas causas e efeitos das mudanças climáticas globais. Até o presente, foram criadas 13 sub-redes temáticas, cobrindo os aspectos de aumento do conhecimento científico, impactos, adaptação e mitigação das mudanças climáticas com respeito a: biodiversidade e ecossistemas, recursos hídricos, agricultura, saúde humana, cidades, zonas costeiras, oceanos, desastres naturais, serviços ambientais dos ecossistemas, energias renováveis, economia, e desenvolvimento regional, além de modelagem climática.

O INCT-MC, o PFPMCG e a Rede CLIMA têm envolvido um grande número de grupos de pesquisa de instituições e universidades brasileiras e estrangeiras, com cerca de 2.000 participantes. Representam um ambicioso empreendimento científico criado pelo governo federal e do Estado de São Paulo para prover informações de alta qualidade em estudos de clima, detecção de variabilidade climática (VC) e mudança climática (MC), e seus impactos em setores chaves do Brasil, utilizando o que há de mais avançado em técnicas de observações e de modelagem das diferentes componentes do sistema climático global. Todos esses estudos são relevantes para ajudar o Brasil a cumprir os objetivos do seu Plano Nacional sobre Mudança do Clima, e também de informar os cientistas, os responsáveis pelas políticas públicas, os meios de comunicação e o público em geral, sobre estratégias de adaptação, estudos de vulnerabilidade e para propor medidas de mitigação. As pesquisas desses três programas têm produzido resultados interessantes, tendo  fornecido subsídios científicos para a participação brasileira nas COPs recentes e na Conferência Rio+20.

Assim, considerando as sinergias entre os três programas, as colaborações atuais e a potencial interação entre a pesquisa das sub-redes da Rede CLIMA, do INCT-MC e dos projetos do PFPMCG, pensou-se em organizar a 1ª Conferência Nacional da Rede CLIMA, INCT-MC e PFPMCG, na cidade de São Paulo, de 9 a 13 setembro 2013.


Página atualizada em 18/03/2014 - Publicada em 07/05/2013