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Representantes da Sociedade Max Planck visitam a FAPESP
Objetivo é criar estímulos para ampliar a colaboração em pesquisa entre São Paulo e Alemanha (foto:Eduardo Cesar)
Stefan Marcinowski, vice-presidente da Sociedade Max Planck, na Alemanha, e Andreas Trepte, chefe da representação da instituição, estiveram, no dia 30 de janeiro, na sede da FAPESP, para discutir formas de cooperação entre as duas instituições.
Acompanhados por Ralf Heinkele, cônsul alemão para assuntos culturais e de ciência, foram recebidos por Celso Lafer, presidente da FAPESP, Eduardo Moacyr Krieger, vice presidente, e por Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico.
Durante a visita, Marcinowski propôs examinar as possibilidades de incentivar a cooperação entre pesquisadores da Alemanha e do Estado de São Paulo. “A cooperação entre cientistas já existe, mas acredito que está abaixo do possível, considerando o grande potencial e a importância da ciência desenvolvida na Alemanha e em São Paulo”, disse.
Lafer enfatizou a importância de ampliar a cooperação científica com a Alemanha e a estratégia de internacionalização da FAPESP. “A cooperação entre cientistas é ponto crucial para o avanço do conhecimento. A ciência é produzida em rede, transpõe fronteiras geográficas, e sua maturidade passa pela colaboração internacional”, disse.
A Sociedade Max Planck agrega 82 institutos de pesquisa – 76 deles na Alemanha – dedicados a pesquisas que vão das Humanidades à Astrofísica, com de mais de 22 mil pessoas envolvidas, e um orçamento da ordem de R$ 5 bilhões anuais, formado por receitas estaduais e federais naquele país.
A FAPESP mantém acordos de cooperação científica com instituições de ensino e pesquisa, de fomento e com empresas de 19 países nas Américas, Europa, África e Ásia. Na Alemanha, os acordos da Fundação envolvem cientistas apoiados ou ligados ao Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD), ao Deutsche Forschungsgemeinschaft (DFG) – fundação de pesquisa alemã – e ao Ministério de Estado de Ciências, Pesquisa e das Artes do Estado Livre da Baviera (STMWFK).
Carlos Henrique de Brito Cruz destacou que a FAPESP tem trabalhado para criar oportunidades para que cientistas de São Paulo colaborem com colegas de outros países.
“Nossa estratégia é desenvolver uma rede de colaboradores em projetos de pesquisa criados conjuntamente que, se selecionados pelas instituições apoiadoras, propiciem o trabalho cooperativo em torno de objetivos comuns”, disse.
“A FAPESP também apoia projetos cooperativos em situações que não envolvem acordos entre instituições, muitos com participação de cientistas de institutos da Sociedade Max Planck, e busca mais oportunidades na Alemanha, pois temos notado que a intensidade da colaboração da FAPESP com a Alemanha é menor do que justificariam o tamanho e a importância da ciência alemã no mundo e da ciência em São Paulo”, disse.
Entre as oportunidades de avançar as discussões sobre um acordo entre a FAPESP e a Sociedade Max Planck a partir da aproximação entre cientistas alemães e de São Paulo, representantes das duas instituições concordaram em ampliar os debates durante a simpósio que a FAPESP deverá realizar no segundo semestre deste ano, em Munique, na Baviera.
O encontro terá duração de até quatro dias, com apresentações de pesquisadores dos dois países, com o objetivo de aumentar a visibilidade da ciência feita em São Paulo.