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FAPESP e Institut Pasteur discutem possibilidades de parceria

FAPESP e Institut Pasteur discutem possibilidades de parceria Modelos de programas de apoio à pesquisa em vigor na FAPESP poderiam servir de base para uma parceria com o Institut Pasteur (foto: Leandro Negro)
Representantes da FAPESP e do Institut Pasteur, da França, estiveram reunidos na sede da Fundação na quarta-feira (17/12) para discutir futuras possibilidades de parceria envolvendo as duas instituições, além de universidades e institutos de pesquisa localizados em São Paulo.
 
Em visita a diversas instituições no Brasil, a delegação francesa ressaltou na FAPESP a importância de estimular a colaboração entre pesquisadores de São Paulo e da França, a fim de criar oportunidades de parceria entre o Institut Pasteur, universidades e instituições de pesquisa locais, e de ampliar o conhecimento científico sobre doenças infecciosas que ocorrem em diferentes países e regiões.
 
Estiveram presentes ao encontro Celso Lafer, presidente da FAPESP, Eduardo Moacyr Krieger, vice-presidente da Fundação, Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico, Hernan Chaimovich, coordenador do Programa Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) e assessor especial da diretoria científica, e Walter Colli, membro da coordenação adjunta da FAPESP na área de Ciências da Vida.
 
Marc Jouan, secretário-geral da Rede Internacional Instituts Pasteur, chefiou a delegação, composta por Jennifer Heurley, adjunta da secretaria geral, Paola Minoprio, chefe de laboratório no Institut Pasteur, e Vincent Brignol, gerente de projeto da Associação Pasteur Internacional. A delegação foi acompanhada por Gérard Chuzel, adido de cooperação para a Ciência e Tecnologia do Consulado Geral da França em São Paulo.
 
Representantes das duas instituições traçaram um panorama de sua atuação no apoio às pesquisas, bem como dos mecanismos existentes para a efetivação de um acordo de cooperação científica. 
 
“O Institut Pasteur busca parcerias em pesquisa no estado de São Paulo seguindo modelos de pesquisa como o que desenvolvemos em Montevidéu, no Uruguai”, afirmou Jouan, segundo quem o Institut Pasteur na Capital uruguaia é um exemplo de apoio à ciência com foco no benefício coletivo. 
 
Para o diretor científico da FAPESP, modelos de programas de apoio à pesquisa em vigor na Fundação, como o CEPID, poderiam servir de base para uma parceria com o Institut Pasteur, o que envolveria outras instituições de ensino e pesquisa localizadas no Estado.
 
As pesquisas no Institut Pasteur baseiam-se nos temas históricos de doenças infecciosas, microbiologia e imunologia, bem como biologia e neurociências. Hoje, o Pasteur tem onze departamentos de pesquisa: Biologia Estrutural e Química, Biologia do Desenvolvimento e Células-Tronco, Biologia Celular e Infecção, imunologia, Infecção e Epidemiologia, Genoma e Genética, microbiologia, micologia, Neuroscience, Parasitas e Insetos Vetores e virologia.

Instituição secular

Fundado em Paris há 107 anos, o Institut Pasteur é uma instituição internacional que atua na pesquisa científica sobre doenças infecciosas. Seu histórico inclui a primeira vacina contra a raiva, em 1885, e descobertas que permitiram o controle de doenças como difteria, tétano, tuberculose, poliomielite, gripe, febre amarela e peste epidêmica, além de ter sido a primeira instituição a isolar o vírus HIV. 
 
Atualmente, o Pasteur possui 130 unidades de pesquisa e dez departamentos científicos, instalados em 32 institutos localizados em 25 países. Sua estrutura mundial reúne 2.436 funcionários de mais de 60 nacionalidades, dos quais 653 são cientistas, provenientes de 70 diferentes países. 
 
O Pasteur abriga ainda, a cada ano, cerca de mil estudantes de mestrado, doutorado e pós-doutorado. A pesquisa internacional, interdisciplinar, de apoio a projetos relacionados a diferentes doenças e países, já garantiu ao instituto dez vencedores do prêmio Nobel.
 
O Institut Pasteur possui convênios com instituições governamentais francesas e norte-americanas, universidades e instituições de pesquisa públicas e privadas de França, Estados Unidos, Israel, Japão, China e Reino Unido, entre outros.
 
Atualmente, a FAPESP mantém onze acordos de cooperação para a pesquisa com instituições francesas.
 
Em junho de 2015, o Pasteur fará um simpósio em parceria com o Instituto Butantan, a fim de verificar novas formas de cooperação entre pesquisadores de São Paulo e da Rede Internacional Instituts Pasteur.

Página atualizada em 23/12/2014 - Publicada em 23/12/2014