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FAPESP e Secretaria de Energia cooperam em rede mundial de energias sustentáveis

FAPESP e Secretaria de Energia cooperam em rede mundial de energias sustentáveis FAPESP e Secretaria de Energia cooperam em rede mundial de energias sustentáveis

A FAPESP e a Secretaria de Energia do Estado de São Paulo assinaram no dia 19 de novembro um protocolo de intenções para estabelecer cooperação nas áreas de energias renováveis, eficiência energética e conservação de energia em São Paulo.

O trabalho terá início em 2014 com a implementação do Projeto Piloto para Cooperação em Pesquisa e Treinamento para a estruturação da Rede Mundial de Energias Renováveis, Eficiência e Conservação de Energia (Rede ER). A FAPESP será a instituição responsável pela coordenação acadêmica e a Secretaria de Energia fará a coordenação geral da iniciativa.

A Rede ER é um dos compromissos assumidos em abril de 2012 pela Sexta Cúpula de Líderes Regionais, realizada pela primeira vez no Brasil, no Palácio dos Bandeirantes – sede do governo paulista –, com a participação de outros seis estados membros: Alta Áustria (Áustria), Baviera (Alemanha), Província do Cabo Ocidental (África do Sul), Geórgia (Estados Unidos), Quebec (Canadá) e Shandong (República Popular da China).

“Creio que é um dever da FAPESP participar de uma iniciativa de pesquisa científica para o avanço do conhecimento nesta área, que pode contribuir para subsidiar políticas de grande impacto social e econômico para o Estado de São Paulo e para o Brasil”, disse Celso Lafer, presidente da FAPESP.

As ações da Rede Mundial para o aumento da porcentagem de energia renovável no consumo total de energia, da sustentabilidade energética em escala global e da segurança no fornecimento envolvem a colaboração em pesquisa e inovação entre cientistas ligados a universidades e instituições de pesquisa e grupos de indústrias dos países membros.

“A Rede favorece o crescimento da parcela de energia renovável na matriz energética. O Governo do Estado de São Paulo tem feito trabalho expressivo na área, em iniciativas como a implantação de parques eólicos em regiões do interior do Estado com capacidade de geração de energia sustentável”, disse José Aníbal, secretário de Energia do Estado de São Paulo.

A pesquisa prevista na fase de estruturação da Rede inclui temas como o desenvolvimento sustentável, difusão da cultura de tecnologia limpa no meio empresarial e instituições de governo, redução de emissões de CO2 em São Paulo e a ampliação de energias renováveis na matriz energética paulista de 55%, em 2010, para 69%, em 2020.

Para Rodrigo Garcia, secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado, “a Rede cria uma base institucional para o projeto e a reinstalação do Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia [Concite], com a participação do secretário Aníbal e de representantes do setor produtivo, ao lado da FAPESP, permitirá os resultados esperados”.

Políticas públicas

Os resultados de pesquisa produzidos em colaboração durante o Projeto- Piloto de Cooperação em Pesquisa e Treinamento serão publicados nos sites sob a responsabilidade dos países membros da Rede ER. Espera-se que esses documentos contribuam para a implantação de tecnologias em fontes de energia renováveis e eficiência energética.

“Em sua gênese, a Rede tem a finalidade de influir em políticas públicas e agora, com o braço executivo da FAPESP, existe uma arma, a da pesquisa, que poderá reforçar essas políticas em cada um dos estados membros”, disse o físico José Goldemberg, do Instituto de Energia e Ambiente (IEE), da USP.

“A coordenação acadêmica da FAPESP na Rede ER, a cargo do professor Gilberto Januzzi, da Unicamp, é muito coerente com os objetivos da Fundação de estimular a pesquisa pelos caminhos da colaboração entre cientistas de São Paulo e de vários lugares do mundo e do apoio ao desenvolvimento de fontes renováveis de energia”, disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.

Brito Cruz lembrou que a FAPESP atua há anos, em institutos de pesquisa e universidades, para criar novas ideias na área e, desde 2007, mantém o Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN), com a participação de mais de 400 cientistas de São Paulo e do exterior em projetos de pesquisa – também em colaboração com colegas ligados a instituições de pesquisa dos Estados que integram a Rede ER.