BIOTA-FAPESP

BIOTA-Educação Ciclo de Conferências 2014


BIOTA-FAPESP EDUCAÇÃO: O COMPROMISSO COM O APERFEIÇOAMENTO DO ENSINO DA CIÊNCIA DA BIODIVERSIDADE NO BRASIL

CICLO DE CONFERÊNCIAS – 2014: Serviços Ecossistêmicos

CONSIDERAÇÕES GERAIS

O conhecimento gerado pela Ciência e Tecnologia é a força motriz das sociedades contemporâneas conhecidas como “Sociedades do Conhecimento”. É, portanto, a base de sustentação das nações desenvolvidas e soberanas.

Nos países desenvolvidos, o conhecimento gerado é fruto de um conjunto de fatores que tem como base um sistema de educação fundamental sólido em todos os níveis. Associado a esse sistema, há políticas de incentivo à ciência de alto nível, à geração de pesquisa nos limites do conhecimento e à transferência dos resultados para o setor industrial e governamental aptos a absorver esse conhecimento e transformá-lo em produtos úteis para a sociedade, ou utilizá-lo no aperfeiçoamento de políticas públicas.  

Esse modelo, embora consolidado desde o século XX, exige uma ação constante do Estado, das organizações empresariais, sociais e de cidadãos (professores, técnicos, cientistas, gestores, empresários, políticos), garantindo uma formação intelectual sólida e uma integração permanente entre os vários níveis de escolaridade de uma sociedade. A formação educacional de excelência em todos os níveis e extratos sociais resultará em recursos humanos mais qualificados, capacitados a participar do avanço científico e tecnológico, essenciais ao desenvolvimento econômico e social do país.

Nos últimos anos, a Ciência e Tecnologia dos países emergentes como Brasil, China e Índia vêm ocupando mais espaços nas discussões internacionais e têm contribuído para tornar essas economias promissoras e competitivas num mundo globalizado. No Brasil, não obstante os avanços alcançados nos últimos 20 anos, a educação básica está muito distanciada da qualidade que se espera das sociedades do conhecimento, em que a educação, a ciência, a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico são bastante equilibrados, propiciando um universo fascinante de oportunidades.

Se, por um lado, os indicadores de produção acadêmica acusam um crescimento positivo, por outro, os indicadores que avaliam a educação básica no Brasil demonstram que estamos em um nível muito aquém do desejado.

Não é nosso papel formular políticas educacionais para o país, mas nossa experiência na universidade e na pesquisa nos torna agentes qualificados para falar sobre o ensino das ciências, apontar as demandas que mais afetam a formação de nossos estudantes e propor alternativas que venham reduzir essas lacunas. 

Todos sabem da constrangedora realidade educacional do país. Essa realidade se mostra alarmante quando se olha para o ensino de ciências no ciclo fundamental e médio. Nesse sentido, acreditamos que o BIOTA-FAPESP, sendo um programa modelo em pesquisa sobre biodiversidade, pode também contribuir substancialmente para a melhoria do conhecimento básico de ciência, criando, consequentemente, uma nova mentalidade sobre a importância da ciência para o Brasil e para seus jovens e para os cidadãos. Uma mentalidade que leve à formação de estratégias capazes de motivar crianças e adolescentes a olhar o conhecimento científico não como uma obrigação curricular, mas como um instrumento intrigante por meio do qual é possível desvendar os segredos do mundo.

A sociedade contemporânea é essencialmente fundamentada no conhecimento como instrumento de acumulação de riqueza. Assim, a educação científica, desde a formação fundamental, é crucial para proporcionar conhecimentos e desenvolver capacidades e atitudes indispensáveis à vida cotidiana dos cidadãos.

Entendemos que qualquer cidadão necessite de: a) conhecimentos científicos (sobre biologia, matemática, física, química, dentre outras ciências) que permitam uma integração inteligente com o mundo natural e a utilização dos artefatos e processos tecnológicos com os quais depara no dia a dia; b) capacidade intelectual, indispensável à resolução de problemas da vida cotidiana (por exemplo, analisar e interpretar dados, prever e formular hipóteses); e c) atitudes e/ou disposições úteis na vida diária e no trabalho (nomeadamente, uma forma de pensamento racional e analítico com uma dose de intuição, curiosidade e ceticismo). Nesse sentido, é indiscutível a contribuição de uma educação científica de melhor qualidade. 

Ao colocarmos o BIOTA-Educação como uma prioridade nesta segunda fase do Programa BIOTA-FAPESP, almejamos iniciar um processo que gradativamente melhore a qualidade do ensino de ciências e contribua para nos aproximar do ideal de uma Sociedade do Conhecimento.

Baseada no sucesso do Ciclo de Conferências BIOTA 2013, a Coordenação do Programa BIOTA-FAPESP, preocupada com a necessidade crescente de mobilizar a sociedade para questões associadas à biodiversidade e aos serviços ecossistêmicos, decidiu dar continuidade ao Ciclo de Palestras mensais, voltadas para professores e alunos de ensino médio, ao longo do 1º semestre de 2014.

Este Ciclo, denominado BIOTA-Educação: Ciclo de conferências 2014, terá como foco principal os serviços ecossistêmicos, complementando a abordagem dos biomas brasileiros, que foram o foco em 2013.  

As palestras serão gravadas e as apresentações serão disponibilizadas na homepage do Programa BIOTA-FAPESP, juntamente com outros textos e recursos didáticos que possam ser, diretamente, úteis em aulas e/ou pesquisas/trabalhos em grupo em escolas do Ensino Médio.
 

 

Programação

20/02

SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS - CONCEITOS E VALORES 

13:30 - Credenciamento

14:00 - Abertura do Ciclo
Carlos A. Joly, Instituto de Biologia (IB/UNICAMP) e BIOTA-FAPESP

14:30 - O contexto histórico da definição conceitual de Serviços Ecossistêmicos
Rozely Ferreira dos Santos, Instituto de Biociências (IB/USP) PDF

15:30 - Intervalo

16:00 - Serviços ecossistêmicos marinhos
Alexander Turra, Instituto Oceanográfico (IO/USP) PDF
 

24/04

BIODIVERSIDADE E PROTEÇÃO A RECURSOS HÍDRICOS
 

13:30 - Credenciamento

13:50 - Abertura
 
14:00 - O papel das florestas ripárias, mosaicos de vegetação e áreas alagadas na proteção dos recursos hídricos
José Galizia Tundisi, Instituto Internacional de Ecologia PDF
 
14:45 - O papel dos sistemas fluviais amazônicos no balanço regional e global de carbono
Reynaldo Luiz Victoria, Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA/USP) e Programa FAPESP de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais PDF
 
15:30 - Intervalo
 
16:00 - Impactos das mudanças no uso do solo e do aquecimento global na disponibilidade de água
Humberto Ribeiro da Rocha, Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG/USP) e Programa FAPESP de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais PDF
 

25/06

BIODIVERSIDADE E CICLAGEM DE NUTRIENTES 
 

13:30 - Credenciamento

13:50 - Abertura

14:00 - Estoques de nitrogênio nas florestas brasileiras
Gabriela Bielefeld Nardoto – Universidade de Brasília (UnB) PDF

14:45 - Estoques de carbono nas florestas brasileiras
Simone A. Vieira, Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPAM/UNICAMP) PDF

15:30 - Intervalo

16:00 - Carbono, nitrogênio e outros nutrientes em sistemas aquáticos
Plinio Barbosa de Camargo, Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA/USP) PDF

 

 

20/03

BIODIVERSIDADE E POLINIZAÇÃO
 

13:30 - Credenciamento
 
13:50 - Abertura
 
14:00 - Sistemas de polinização de espécies brasileiras
Kayna Agostini, Universidade Federal de São Carlos/Araras PDF
 
14:45 - Os serviços ecossistêmicos das abelhas
Vera Imperatriz Fonseca, Instituto de Biociências (IB/USP) e Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA-RN) PDF
 
15:30 - Intervalo
 
16:00 - Polinizadores de culturas economicamente e socialmente importantes da agricultura brasileira
Cláudia Inês da Silva, Faculdade de Filosofia Ciências e Letras – USP PDF
 

22/05

BIODIVERSIDADE E MUDANÇAS CLIMÁTICAS
 

13:30 - Credenciamento

13:50 - Abertura

14:00 - A modelagem do impacto das mudanças climáticas na biodiversidade
Leonardo Meirelles, Escola de Artes, Ciências e Humanidades (USP Leste) PDF

14:45 - Efeitos potenciais do aquecimento global na distribuição de espécies da Mata Atlântica
Alexandre F. Colombo, Consultor PDF

15:30 - Intervalo

16:00 - O impacto potencial das mudanças climáticas na agricultura
Eduardo Assad, Centro Nacional de Pesquisa Tecnológica em Informática para a Agricultura (CNPTIA/EMBRAPA) PDF

 

 


Página atualizada em 16/07/2014 - Publicada em 06/02/2014